Instituto Pensar - Advogados vão ao CNJ pedir afastamento de Marcelo Bretas

Advogados vão ao CNJ pedir afastamento de Marcelo Bretas

por: Nathalia Bignon 


(Foto: Reinaldo Reginato/Fotoarena)

Um grupo de advogados está se articulando para ir ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedir o afastamento de Marcelo Bretas, juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, e atual responsável pelo comando da Lava Jato no estado. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (10), na coluna da jornalista Bela Megale, no jornal O Globo.

A mobilização começou na última quarta, depois da deflagração da Operação E$quema S, que investiga supostos desvios do Sistema S feitos por escritórios de advocacia. Por determinação de Bretas, a Polícia Federal cumpriu 50 mandados de busca e apreensão, sendo alguns deles em grandes escritórios de advocacia do Rio e de São Paulo.

Entre os alvos estavam Frederick Wassef, ex-advogado da família Bolsonaro, e Cristiano Zanin e Roberto Teixeira, advogados de Lula. As acusações contra Zanin partiram do delator Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio do Rio.

O advogado, no entanto, contesta a delação. Em nota, Zanin classifica a operação como um "atentado à democracia? e afirma que a ação foi deflagrada como retaliação pela exposição dada a desvios da Lava Jato em Curitiba.

"Atentado à advocacia e retaliação. A iniciativa do Sr. Marcelo Bretas de autorizar a invasão da minha casa e do meu escritório de advocacia a pedido da Lava Jato somente pode ser entendida como mais uma clara tentativa de intimidação do Estado brasileiro pelo meu trabalho como advogado, que há tempos vem expondo as fissuras no Sistema de Justiça e do Estado Democrático de Direito. É público e notório que minha atuação na advocacia desmascarou as arbitrariedades praticadas pela Lava Jato, as relações espúrias de seus membros com entidades públicas e privadas e sobretudo com autoridades estrangeiras?, diz um trecho do comunicado de Zanin.

Os advogados que estão se mobilizando contra Bretas também pretendem apontar o que chamam de "ilegalidades? supostamente cometidas pelo juiz em outros processos, como o que determinou a prisão do ex-presidente Michel Temer.

Com informações do jornal O Globo



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